Muita gente me pergunta o que fazer em Brotas em um fim de semana. Realmente, é difícil selecionar os melhores passeios na cidade porque tem muuuuita coisa legal pra fazer, tanto em esportes de aventura como em contemplação da natureza.
Famosa pelo rafting, o que mais me chamou a atenção em Brotas foi o número de cachoeiras que tem lá. Contei pelo menos dez placas de cachoeiras diferentes durante os percursos que fiz durante minha estadia na cidade, e aproveitei algumas delas!
Por isso, o primeiro ponto que já aviso de antemão é que um fim de semana é muito pouco para aproveitar todas as atrações do destino. Um feriado prolongado, se possível, já ficaria melhor para conhecer pelo menos algumas cachoeiras e ainda aproveitar outros atrativos da cidade.
Por exemplo: não dá para ir a Brotas e não fazer o rafting pelas corredeiras do rio Jacaré Pepira. Também incluiria no roteiro se aventurar em uma tirolesa ou fazer arvorismo. Eu sou prova viva que até os mais medrosos conseguem! Veja aqui como foi minha aventura na tirolesa em um passeio imperdível na Cachoeira Cassorova.
Além das belezas naturais e esportes de aventura, Brotas conta ainda com diversas opções gastronômicas e uma boa diversidade de pousadas e hotéis para ficar muito bem instalado.
VEJA TAMBÉM: Onde ficar em Brotas
Fui convidada para passar dois dias por lá e, agora, posso dar algumas dicas de o que fazer em Brotas em um fim de semana. Confira como foi minha viagem.
Sugestões: o que fazer em Brotas
Sexta-feira
De São Paulo a Brotas são aproximadamente 250 quilômetros, uma viagem de quase 3 horas, mas bem tranquila (veja abaixo como chegar).
Chegamos no começo da noite, mas optamos em passar antes pela cidade de São Pedro, ali do lado, porque queríamos conhecer a cervejaria artesanal HZB (Av dos Imigrantes, 647, São Pedro). E valeu muito a pena!
A cerveja é muito leve, produzida ali mesmo, no bar onde é servida. O ambiente é bem diferente de um bar convencional porque fica junto com os tanques de armazenagem da cerveja. Achei interessante.
Dá para fazer a degustação de diversos tipos de cerveja (pilsen, IPA, red, entre outras) e comer uns petiscos bem gostosos. Fomos super bem recebidos pelo mestre cervejeiro Cal Gonzalez e sua equipe, que nos explicou como a cerveja HZB é produzida pela marcar. E ainda tivemos sorte porque às sextas-feiras o bar tem música ao vivo.
De lá, seguimos para Brotas, direto para a Pousada das Nascentes, onde ficamos hospedados. Neste post aqui eu conto como foi nossa estadia por lá.
Sábado
No sábado, saímos bem cedo para o nosso primeiro passeio. Foi difícil escolher qual cachoeira conhecer primeiro porque são muitas opções lindíssimas. Aceitamos o convite do Recanto das Cachoeiras para passar o dia por lá e, de cara, já conseguimos ver de perto três cachoeiras de Brotas: a Roseira, a Santo Antônio e a Tamanduá.
Boa parte das cachoeiras de Brotas ficam em propriedades privadas, então, para visitar é necessário pagar uma taxa de visitação. A parte bacana disso é que os locais ficam muito bem preservados, com excelente infraestrutura para o turista.
O Recanto das Cachoeiras fica a cerca de 16 km do centro de Brotas (Estrada do Patrimônio, s/n, Brotas). O local tem uma estrutura bem bacana, organizado e bem sinalizado, com trilhas auto-guiadas para as duas cachoeiras principais. Também tem banheiros com vestiário, mirante, piscina, redário, estacionamento gratuito, wi-fi e restaurante.
Começamos o passeio com as duas trilhas para as cachoeiras. A primeira, mais curta, foi para a Cachoeira da Roseira, de 57 metros de altura. É linda! Dá para entrar na queda, inclusive. Se preferir, vá até a ponte pênsil e tire fotos que vão fazer inveja nos amigos!
Depois, seguimos a trilha para a Cachoeira de Santo Antônio. Com queda de 20 metros, a cachoeira é totalmente acessível para banho, inclusive para cadeirantes. Tem um corrimão de madeira que dá aquela ajuda básica para a gente não levar um tombo nas pedras mais lisas. Eu não resisti e tomei um belo banho nas águas da cachoeira.
Depois, fomos conhecer mais a Cachoeira do Tamanduá, mas desta vez fomos de quadriciclo (R$ 260 com day use incluso), num passeio que dura aproximadamente 40 minutos. O guia vai mostrando o caminho que passa por trilha de terra e trechos de pequenos riachos até chegar à cachoeira, que também é boa para banho.
Depois da aventura, paramos para o almoço no restaurante local, com comida típica da fazenda, bem caseira, no fogão a lenha, sem contar os doces…. deliciosos! O valor é de R$ 50 por pessoa e come à vontade, com bebidas a parte.
É claro que aquela pausa pós-almoço é sempre necessária. Aproveitamos para ir até o mirante de observação, com uma paisagem maravilhosa para contemplar. Com as energias recarregadas, partimos para o passeio a cavalo (R$ 125 por pessoa com day use incluso). Depois de passar pelo rio e cavalgar por lindas paisagens, chegamos à cachoeira das Lebres. Mais uma queda d´água boa para banho.
Terminamos o dia na piscina, apreciando a paisagem e descansando. Recomendo a visita!
Outra opção muito legal quando falamos em cachoeira é a Cassorova, aliás, eu diria que é um passeio imperdível. Leia neste outro post como foi minha visita por lá.
Voltamos à pousada, tomamos um banho e seguimos para o centro de Brotas. A recomendação foi conhecer o Brotas Bar, um lugar supercharmoso, todo decorado com o tema que mais remete à cidade: o rafting.
Além do ambiente bacana, a comida também é ótima, com destaque para as bruschetas napolitanas e o suculento prime rib de angus com batatas rústicas. De sobremesa, a pedida foi a queijadinha brullée com sorvete de creme. Nossa, muito bom!
Domingo
É claro que no roteiro de o que fazer em Brotas não poderia faltar o rafting, descendo as corredeiras e pequenas quedas em botes infláveis pelo rio Jacaré Pepira. Sensacional!
Os participantes são levados de transporte até um ponto do rio, onde recebem instruções de segurança e equipamentos e partem para a aventura, num percurso de aproximadamente 10 km de rio, com duração de 2 horas.
No centro de Brotas tem diversas agências que organizam o rafting, que acontece geralmente três vezes ao dia (9h, 12h e 15h). Em algumas épocas do ano também tem o rafting noturno. A aventura custa cerca de R$ 100 por pessoa.
É recomendado agendar o rafting com antecedência, principalmente se estiver na alta temporada. A idade mínima para praticar é de 12 anos, com altura de pelo menos 1,20m.
Saindo do rafting, retornamos ao centro de Brotas e avistamos um casarão antigo, muito bonito. É ali que funciona a Adega Casarão, uma charmosa loja de cachaças e produtos artesanais, como queijos, salames, geleias, doces, licores, biscoitos.
Chegando lá, descobrimos que a casa é centenária, com uma construção de 155 anos! O mais legal é que a adega mantém as paredes originais protegidas por um vidro!
No andar debaixo da loja funciona a adega. Um charme, com objetos antigos e os tonéis usados para envelhecer a cachaça produzida artesanalmente. Ah, tem umas provinhas também para degustar!
Antes de voltar à pousada, ainda passeamos pelo centro da cidade e percebemos que ainda temos muito a conhecer. Quem sabe em uma próxima oportunidade? E você, já foi a Brotas? O que mais gostou? Deixe suas dicas pra gente aqui nos comentários!
Como chegar em Brotas
Partindo de São Paulo, capital, pela Rodovia dos Bandeirantes (SP 348) siga até o km 168, pegue o acesso à Rodovia Washington Luís (SP-310).
Pela Rodovia Anhanguera (SP-330), seguir até o km 153 (saída 153), logo após o pedágio, pegue o acesso à Rodovia Washington Luís (SP 310).
Na Rodovia Washington Luís (SP-310), siga até o km 206 (saída 206-B), passe por baixo do viaduto e contorná-lo passando por cima da pista, entrando na Rodovia Engenheiro Paulo Nilo Romano (SP 225) sentido Itirapina-Brotas até o trevo de acesso a Brotas.
Caso queira ir de ônibus, acesse aqui algumas opções.
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