Emoldurada pela Cordilheira dos Andes, Santiago, no Chile, é organizada, simpática, culturalmente rica e foi isso que nos atraiu a fazer uma visita por lá e escrever este artigo artigo para ajudar você sobre o que fazer em Santiago usando este roteiro completo de 4 dias.
Todos adjetivos que escrevi acima se confirmaram já no primeiro dia de viagem. Ficamos por lá por quatro dias e digo que este é o mínimo para aproveitar bem a cidade. Mas não se preocupe se você tem menos tempo. Montamos um roteiro prático e mostramos o que fazer em Santiago, com os programas imperdíveis para curtir por lá.
Confesso que sempre tive muita expectativa com relação ao Chile, mas não sabia ao certo o que fazer em Santiago. Busquei muitas dicas na internet, mas fiquei um pouco perdida com tanta informação e sem perceber o que, de fato, era realmente importante conhecer. Como fiz uma viagem em casal e era nossa primeira vez em Santiago, priorizamos os principais pontos turísticos e idas a restaurantes, além de que também fizemos questão de conhecer uma vinícola.
Conseguimos também encaixar no roteiro um “pulo” ao Valle Nevado. Aliás, este foi um ponto turístico que ficamos em dúvida se valeria a pena fazer, pois na época em que visitamos Santiago ainda não era o período de neve (fomos no final de março).

Região central de Santiago, cidade bonita, organizada e com povo bastante simpático (Foto: Passaporte Digital)
Aqui neste artigo, compartilho com você um pouco de como organizamos nossa viagem, com informações bem úteis sobre preço, localização, como chegar, meios de transporte e casas de câmbio em Santiago, para que você priorize o que mais lhe interessar e aproveite ao máximo a sua estadia. Vamos lá?
Roteiro Santiago: Dia 1
1. Plaza de Armas
Começamos o nosso roteiro pelo centro de Santiago, parte que reúne a maioria dos pontos turísticos da capital chilena. Depois de conhecer outros pontos da cidade, confesso que o centro não é a parte mais limpa e organizada, mas é a mais rica historicamente. E é na Plaza de Armas que podemos sentir toda essa vibrante história. Ali, fica o marco zero de Santiago, emoldurado por palmeiras e casarões coloniais. Na praça, tem muitos artistas de rua, comerciantes e turistas. Em todo o seu entorno tem atrações interessantes, como o edifício antigo do Correo Central, de 1882, a neoclássica Catedral Metropolitana e o Museo Histórico Nacional, de 1808.
Onde fica: Plaza de Armas 951 (metrô Plaza de Armas)
Horário de funcionamento: Museo Histórico Nacional – de terça a domingo, das 10h às 18h
Preço: entrada gratuita
2. Museo Chileno de Arte Precolombino
Continuando com nossas dicas de o que fazer em Santiago, ali pertinho da Plaza de Armas fica o Museo Chileno de Arte Precolombino. Se você é um apreciador de história, vai adora conhecer múmias de mais de 7 mil anos, além de esculturas maias e outras peças de arte pré-hispânica do continente americano.

Museo Chileno de Arte Precolombino tem múmias e peças de arte pré-hispânica (foto: Ian Carvell – Flickr)
Onde fica: Bandera 361 (metrô Plaza de Armas)
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h
Preço: $4.500 pesos (adulto), crianças até 10 anos: grátis. Entrada franca no primeiro domingo de cada mês
3. Palacio de La Moneda
Ainda na região central fica o que é, na minha opinião, o mais imponente prédio histórico de Santiago: o Palacio de La Moneda.

O imponente Palácio La Moneda, sede do governo chileno (Foto: Passaporte Digital)
Além de apreciar a fachada, a sede do governo chileno também fica aberta para visitação interna, mas é preciso agendar com antecedência no site. Se quiser ver a troca de guarda, ela geralmente acontece às 10h, dia sim dia não (infelizmente, não conseguimos ter essa experiência para contar para você). Veja o vídeo abaixo.
Onde fica: Moneda sem número (metrô Universidaad Catolica ou Santa Lucia)
O QUE FAZER EM SANTIAGO: DICA DE HOTEL TESTADO E APROVADO
4. Cerro Santa Lucía
Próximo ao La Moneda, ainda no centro urbano, o Cerro Santa Lucía é perfeito para ter uma vista panorâmica da cordilheira dos Andes, além dos prédios históricos e dos arranha-céus de Santigo. No entanto, o passeio requer um certo esforço físico: 300 graus. Mas a paisagem compensa. Tem até uma fonte inspirada na Fontana di Trevi, de Roma.

Depois de subir 300 degraus, chega-se ao Cerro Santa Lucía, com vista panorâmica da cordilheira dos Andes (foto: Carlos Varela – Flickr)
Onde fica: Avenida Bernardo O’Higgins 499
Horário de funcionamento: diariamente, das 9h às 19h (metrô Santa Lucia)
5. Mercado Central
Adoro visitar mercados, ouvir aquela burburinho de gente, ver o que as pessoas comem, degustar iguarias. No Mercado Central de Santiago não é diferente. Além da venda de pescados, tem muitos restaurantes ali, embora os preços sejam um pouco salgados. Se não tiver com orçamento apertado, a dica é experimentar a famosa centoulla, um caranguejo gigante. Mas prepare o bolso. Você paga por esse prato por volta de R$ 400! Nós deixamos para provar na próxima viagem! rs.
Onde fica: Ismael Valdes Vergara 900 (metrô Puente Cal Y Canto)

Mercado Central tem muitos restaurantes para comer a famosa centoulla (Foto: Passaporte Digital)
6. Museu Nacional de Bellas Artes
Próximo do Cerro Santa Lucía fica um dos mais importantes museus de Santiago, o de Bellas Artes. No acervo, há pinturas e esculturas dos principais artistas plásticos chilenos. Também existe uma seção de artistas internacionais, além de várias exposições temporárias.
Onde fica: José Miguel de la Barra 650 – Parque Forestal (metrô Bellas Artes)
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h45
Preço: grátis
Roteiro Santiago: Dia 2
1. Cerro San Cristóbal
Coninuando nossa lista de o que fazer em Santiago, começamos o segundo dia de viagem em uma montanha de mais de 800 metros: o Cerro San Cristóbal. Para chegar até lá em cima, é preciso subir de um jeito bem diferente, de funicular, que sai da Calle Pio Nono. É bem legal e diferente, parece que estamos voltando no tempo. Lá em cima, tem a estátua da Virgen de La Inmaculada Concepción, com 14 metros de altura. A área pertence ao Parque Metropolitano de Santiago, que tem também um zoológico e um jardim japonês.
Estando lá em cima, a dica é descer de teleférico. Se você subiu pelo funicular, terá de comprar uma entrada a mais para usar o teleférico. E a entrada fica meio escondidinha, achamos meio que por acaso, em um caminho sem indicação atrás de uma lojinha que vende artigos religiosos. Achei uma das partes mais bonitas do passeio. Estando dentro do teleférico, em uma cabine que cabe até quatro pessoas, tem duas ou três paradas até chegar ao final do percurso.
Onde fica: Calle Pio Nono 450, Bellavista
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h45, e às segundas, das 13h às 18h45 (horários estendidos no verão)
Preço: variam de acordo com o dia da semana e as estações percorridas, mas variam de $ 800 pesos a $2.600 pesos
2. Patio Bellavista
Aproveite que está bem perto do Patio Bellavista e faça uma pausa para o almoço. O lugar é uma graça, cheio de restaurantes e lojinhas ótimas para comprar aquela lembrancinha da viagem. Aqui, sugerimos duas opções que gostamos: o 100 Montaditos, com lanchinhos típicos deliciosos, e o Bar Galindo, com pratos chilenos e carnes.

O famoso Pato BellaVista com seus restaurantes (Foto: Passaporte Digital)
Clique aqui e veja todas as indicações de restaurantes em Santiago.
Onde fica: Constituicion (metrô Baquedano)
3. Casa Museo La Chascona
Falou em Chile se lembrou do poeta Pablo Neruda. Em Santiago, dá para conhecer uma das três casas do autor, a Casa Museo La Chascona, também no bairro Bellavista. Tem visitas guiadas de 40 minutos, nas quais dá para ver livros e anotações do artista, além do Prêmio Nobel de Literatura, recebido em 1971.

Em La Chascona, uma das três casas do poeta chileno Pablo Neruda, dá para ver livros e objetos do artista (Divulgação)
Onde fica: Fernando Márquez de la Plata 192 (metrô Baquedano)
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 10h às 18h
Preço: $7.000 pesos (adulto), $2.500 estudantes e maiores de 60 anos
4. Sky Costanera
O que fazer em Santiago? É claro que o mirante mais alto da América do Sul, com 300 metros de altura, não pode ficar de fora do roteiro. Localizado no shopping Costanera Center, fica no 61º andar (ambiente fechado) e no 62º andar (ambiente ao ar livre), com uma vista 360º de Santiago, mas não se preocupe porque o elevador sobe rapidinho. A dica aqui é ir no final da tarde, porque você consegue ter a vista da cidade de dia e à noite.

Vista de Santiago a partir do Sky Costanera (Foto: Passaporte Digital)
O QUE FAZER EM SANTIAGO: SAIBA MAIS SOBRE PREÇOS E HORÁRIOS DO SKY COSTANERA NESTE POST
5. Shopping Sky Costanera
Se você é daqueles que não dispensa um shopping, seja onde for, aproveite a ida ao Mirante do Sky Costanera para conhecer o shopping, que aliás é uma delícia. Lá dentro, encontramos um supermercado que vende vinhos a preços ótimos. Aliás, fica aqui uma dica preciosa: o melhor lugar para comprar vinhos é realmente nos supermercados 😉

Shopping Costanera Center é boa opção para compras, inclusive de vinhos (Foto: Passaporte Digital)
Onde fica: Av. Andrés Bello 2457 (metrô Tobalaba)
6. Bar Liguria
Achamos o Bar Liguria por acaso, na hora de voltar para a estação do metrô Tobalaba (fica do ladinho), e simplesmente adoramos tudo. A comida é ótima, o ambiente é super descontraído, o atendimento é muito cortês. Recomendo muito!
O QUE FAZER EM SANTIAGO: SAIBA MAIS SOBRE ONDE COMER NESTE POST
Roteiro Santiago: Dia 3
1. Vinícola Santa Rita
Entre nossas dicas de o que fazer em Santiago entra um passeio que não fica exatamente na capital chilena, mas dá para fazer um bate-volta no período da manhã tranquilamente. Entre tantas vinícolas que tem nos arredores, optamos por visitar a Vinícola Santa Rita e, sem dúvida, este foi um dos pontos altos da viagem. Além de o lugar ser lindo, ali tivemos uma verdadeira aula sobre vinhos. Para chegar lá, aconselho contratar uma empresa de turismo, pois ir de transporte público é um pouco complicado.

Vinhas da Vinícola Santa Rita, passeio bem pertinho de Santiago (Foto: Passaporte Digital)
EXPLICAMOS TUDO SOBRE A VISITA À VINÍCOLA SANTA RITA NESTE POST.
2. Shopping Parque Arauco
Continuando nossa lista de o que fazer em Santiago, no retorno da vinícola paramos no Shopping Parque Arauco, no bairro Las Condes, para almoçar. Não que eu curta muito recomendar shoppings, pois prefiro conhecer os pontos turísticos, mas acho que esse vale a pena, principalmente pela área de alimentação ao ar livre. Muito lindo!
Onde fica: Av. Presidente Kennedy, 5413 (metrô Escuela Militar ou Manquehue mais ônibus 411, C11, C20 e 409).
Horário de funcionamento: diariamente, das 10h às 21h
3. Parque Araucano
Bem na frente do shopping, tem mais um lugar bacana do bairro Las Condes para conhecer: é o Parque Araucano. O local é lindo, ótimo para uma caminhada. Se estiver com crianças, tem uma área de playground incrível lá. Uma pausa deliciosa depois de ter tomado tanto vinho! rs… E ainda bem que ficava bem pertinho do nosso hotel. Voltamos a pé.
Onde fica: Cerro Colorado (metrô Escuela Militar ou Manquehue mais ônibus 411, C11, C20 e 409).
Horário de funcionamento: diariamente, das 6h às 21h

Parque Araucano, uma ótima opção de passeio em Santiago (Foto: Passaporte Digital)
4. Jantar no bairro Lastarria
Para fechar o primeiro dia do roteiro em grande estilo, a dica é conhecer o boêmio bairro Lastarria. Ali, tem um “triângulo” emoldurado por lindos restaurantes, uma delícia passear por ali à noite. Pegamos a indicação de um morador e fomos conhecer a Casa Lastarria, um restaurante supercharmoso e com ótima comida.
Onde fica: Lastarria 70 (metrô Universidad Católica)
O QUE FAZER EM SANTIAGO: VEJA MAIS SUGESTÕES DE RESTAURANTE AQUI
Roteiro Santiago: Dia 4
1. Valle Nevado

Valle Nevado é bonito até sem neve (Foto: Passaporte Digital)
Mesmo não estando na época de neve, queríamos muito conhecer o tão falado Valle Nevado. Daí, descobrimos que dava para fazer um bate-volta de meio dia por lá e resolvemos encarar a experiência. O caminho em si já é uma atração, com estradas sinuosas que dá até um medinho! rs… Brincadeiras a parte, se achar necessário, leve um Dramin para evitar enjôos.
2. Parque Bicentenário
O Parque Bicentenário é um daqueles que entram fácil na lista dos top 10. Localizado no bairro de Vitacura, é uma das maiores áreas verdes da cidade. Tem trilhas para caminhar e andar de bicicleta, lagos artificiais, playgrround, enfim, um oásis mesmo. O único problema aqui é que o lugar fica afastado das linhas de metrô. Por isso, o mais conveniente é optar por ônibus ou táxis.
Onde fica: Avenida Bicentenário
Horário de funcionamento: 24 horas
3. Jantar no restaurante Mestizo
Quando estiver no parque Bicentenário, não deixe de conhecer o badalado restaurante Mestizo. O visual do restaurante já vale a visita, o cardápio é excelente e a carta de vinhos também. O preço? Bom, mais ou menos o que você pagaria em um bom restaurante de São Paulo. 😉
Onde fica: Avenida Bicentenário, 4050
4. Parque de las Esculturas
Se der tempo, ou se você já conhecer o Parque Bicentenário e quiser ver um local diferente, a opção é o Parque de las Esculturas que, como o nome já diz, traz 30 esculturas de diferentes artistas chilenos contemporâneos. Tranquilo, também é um ótimo passeio para fazer com as crianças.

O que fazer em Santiago: É uma delícia passear pelo Parque de Las Esculturas, recheado de obras contemporâneas (foto: Alobos Life – Flickr)
Onde fica: Santa Maria 2201
Horário de funcionamento: diariamente, das 10h às 14h e das 15h às 20h
Preço: grátis
MAIS ALGUMAS DICAS DE O QUE FAZER EM SANTIAGO
Antes de fechar nosso roteiro de o que fazer em Santiago, gostaria de passar mais algumas informações úteis:
- Idioma: espanhol
- Melhor época para ir a Santiago: depende da intenção da viagem. Março é mais fresco e um bom período para visitar as vinícolas. Se quiser esquiar nos arredores, o ideal é ir de julho a setembro.
CÂMBIO SANTIAGO
Por último, mas não menos importante, gostaria de passar algumas dicas sobre câmbio em Santiago.
A moeda utilizada no Chile é o peso chileno. Existem muitas casas de câmbio em Santiago, mas recomendo levar pelo menos um pouco já trocado aqui do Brasil, para pagar um táxi, transporte ou comida no primeiro dia, até que você encontre uma casa de câmbio.
Pelo menos foi o que eu fiz e deu certo. Levei 100.000 pesos chilenos para o primeiro dia, paguei o táxi para o hotel e um lanche. Evite usar a casa de câmbio do aeroporto, que tem uma das piores cotações, ok?
Eu tinha pesquisado na internet que as melhores casas de câmbio de Santiago ficavam na região central, especialmente na rua Agustinas. No entanto, eu comprei pesos chilenos em três casas de câmbio diferentes quando estive em Santiago, e a melhor cotação foi uma casa de câmbio que ficava perto do meu hotel, inclusive melhor que a cotação da casa de câmbio da calle Agustinas.
Isso significa que quanto mais longe de regiões turísticas maior será a chance de conseguir uma casa de câmbio com uma cotação melhor.
A terceira casa de câmbio em Santiago que usei, porque foi uma situação meio que de emergência porque calculei mal o valor que ia gastar e precisei trocar mais, foi no Shopping Costanera Center, mas a cotação não estava muito boa não.
Enfim, procure sempre uma casa de câmbio fora da região turística ou, se não for possível, use uma das casas de câmbio na região da rua Agustinas. Essa é a minha dica!
Espero que tenha aproveitado minhas sugestões de roteiro em Santiago. Se puder, compartilhe esta matéria e curta nossa fanpage no Facebook e Instagram! Até a próxima!
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Você indica uma agência de turismo para os passeios?
Olá, Priscilla! Alguns passeios recomendo guia sim, como Valle Nevado ou Valparaíso! Eu não tenho uma agência específica para indicar. Já fiz com a Santiago Tours e gostei! Mas tem várias delas! Ótima viagem pra você!
Qual foi a casa de cambio perto do seu hotel (ou o nome do hotel)? Você levou dólar ou real?? Obrigado!
Oi, Fausto! Obrigada pela pergunta! Eu fiquei hospedada no Best Western Marina Las Condes! Dá uma olhada aqui neste link: https://passaportedigital.com/dica-de-hotel-em-santiago-testado-e-aprovado/. A casa de câmbio ficava perto da Avenida Apoquindo, mas infelizmente não me recordo o nome. Eu levei reais, compensa mais do que dólar! Perto do centro também tem casas de câmbio com preços melhores 🙂 Espero ter ajudado! Ótima viagem! Alessandra, editora do Passaporte Digital
Muito bom o post, só me deu mais vontade de voltar a visitar o Chile!